segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Nesse simples flerte poético criado a convite de Veri Bomfim para uma comunhão cultural. A noite seria inspirada nesse vídeo lindo!

 Logo me veio a ideia do texto de Bill Mollison (um dos criadores da permacultura), que tanto influenciou minha vida. 

“Devemos mudar nossa filosofia, antes que qualquer outra coisa mude. Mudar a filosofia da competição (a qual, hoje, penetra nosso sistema educacional) para a filosofia da cooperação, em associações livres. Mudar nossa insegurança material para uma humanidade segura; trocar o indivíduo pela tribo, petróleo por calorias e dinheiro por produtos.

A grande mudança que necessitamos fazer é de consumo, para a produção, mesmo que em pequena escala, em nossos próprios quintais.

Se 10% de nós fizessem isso, haveria o suficiente para todos. Assim, vê-se a futilidade dos revolucionários que não tem jardins, que dependem do próprio sistema que atacam, que produzem palavras e balas, e não alimento e abrigo. 

Algumas vezes, parece que somos apanhados, todos nós, na Terra, em uma conspiração consciente ou incosciente para nos mantermos sem esperança. E mesmo assim, são pessoas que produzem todas as necessidade de outras pessoas. Juntos, podemos sobreviver. Nós mesmos podemos curar a fome, toda a injustiça e toda a estupidez do mundo. Podemos fazê-lo compreendendo a forma com que funcionam os sistemas naturais, pelo reflorestamento e a jardinagem cuidadosos, pela contemplação e pelo cuidado com a Terra.”

 Segue mais imagens da linda noite! Namastê!









sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Dança Livre/Teatro.


É na dança que alcançamos as estrelas, observando a natureza tudo dança. 


 Iniciamos com o yoga para limpar e desimpedir os
 ‘canais’ sutis de circulação 
da Energia Vital, sintonizando
 mente e corpo.
 Em seguida passamos para uma fase mais lúdica, praticamos alguns exercícios de percepção, expansão e ritmo utilizando movimentos de dança-teatro e improvisação criando equilíbrio, dinâmica e flexibilidade.





  O objetivo é usar a dança e o o teatro como um instrumento para alimentar o
 cérebro de novas formas, 
 aguçando os sentidos e recarregando o 
corpo com novas energias. 
Expandindo o auto conhecimento corporal.
 






 
Indicado para todas idades essa oficina 
proporciona também
 um intercambio etário.

Conduzida por Ia Santanche, 
mais informações iasantanche55@gmail.com.
Abaixo  vídeos de algumas apresentações.


terça-feira, 20 de outubro de 2015

A Protuberância
...nesse pequeno flerte poético, dedicado a tantas milhões de Marias,
Maria Chiquinha, da Fé, Da Luz, da Esperança...
 nascidas num Mundo onde os Homens já montaram suas acomodações.
 Onde o encaixe é desencaixando-se,
 e a Voz é disfarçadamente sufocada, 
entre tantas línguas afiadas a ferir...

Maria que batalha ao extremo neste dia pois sabe que é no Amanhã que tudo vai existir, 
e Vai... 
Maria que nem foi criança, virou mulher, já é mãe, pai e tantos outros itens...

...e neste equilíbrio de amontoados, acúmulos e tarefas encontra
 na Dança uma fresta para o infinito,
 e no Yoga a faísca de esperança...
 sustentando-se em meio a tantas mentes certas,
 e vidas com razão de pensamentos oblíquos.
 Aquela que não tem razão nenhuma.
 Virou dublê de Si (um personagem fictício).


Maria da saúde fraca, com um coração que não Age e sim reage a tantos eletrochoques.
 Um curinga, 
sendo todas as cartas por não ser nenhuma,
  embaralhando-se,
 entontece na superfície profunda de todas as coisas. 

Maria que se entorta, porque sua estrada é um labirinto... Mar Ia

...esse texto me surgiu na madrugada enquanto ainda reverberava a energia mágica 
do Dramofone 6. 
No meu vício secreto de improvisar tentei elaborar uma partitura corporal 
que só me surgiu ás vésperas,
 criei mas não experimentei. 
   Nesse solo oscilei entre o Tribal e o Yoga, duas linguagens que reorganizaram 
todas as minhas moléculas, 
é um singelo agradecimento Joline Andrade e Eliane Calado com quem aprendi muito, 
agora só o tempo para amadurecer tantas grandiosas informações.
Namastê!


No texto  Língua de Caetano Veloso

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Um dia li que na China o nascer do Sol 
era exibido em telões por causa da poluição. 
 O Ver, o Olhar e o Enxergar. 
Neste fotofilme temos uma dançarina presa na sua sombra, reflexo e imagem, tentando renascer com o coração despedaçado, 
retornando à consciência da expansão do seu ser, voltando ao mundo dos vivos. 

Nas entrelinhas o poema
Aqueles mesmos lábios - Bárbara Lia

Eu sou aquela que atravessa bombardeios
O país que escraviza a casa que amordaça
 O rio que afoga e o terraço que aprisiona
Eu sou aquela que salta cercas eletrificadas
 Desvia de minas, rasga a roupa no arame
Que me separa da última estrada
Eu sou aquela que pisa o asfalto ardente
Perde a sola do sapato, a pele dos pés
 A roupa, a água, a comida e nada resta... 
A não ser os ressequidos lábios
Que o rei beijou _um dia_
E a poesia, ainda, ela resta
Ancorada no varal do coração
_ grito que não me abandona _
E depois de nada ter, de não ter nem visão
Nem lágrima, nem saudade, nem força
Nem força para mais um passo
Encontra a fronteira, a terra livre ali 
_ Escancarada _
Faz meia volta.
Esqueceu algo
Esqueceu algo
Esqueceu-se na esquina
De uma primavera inolvidável
E dá as costas à fronteira
E dá as costas à Liberdade
Fantasma de uma Electra ou Diana
Crê _ desesperadamente _
Que vai chegar outra vez
Àquela esquina
À mesma primavera
Para beijar, outra vez,
Aqueles mesmos lábios
Foto André Santanche

 Video


quinta-feira, 17 de setembro de 2015

... a linguagem alheia 
ou 
personagem meu (ainda sem nome)
ou
coisas que não adiantarão para nada 
ou 
Lispector by Ia 
ou? 
ou! 
ou ...
 

 Apoiado em obras da escritora Clarice Lispector, 
o solo é uma espiral de questionamentos,
 buscas desenfreadas 
em que a eterna interrogação 
é deixada para público...
 Nessa obra mantra,
a busca é de uma presença sensorial extra-humana,
a atriz ou antena parte do livro Paixão segundo GH
navega pelas palavras,
pelo público, questionando, 
expandindo e atrofiando,
 partículas e cosmos.
  É intimista, extremista e infinita, como a própria escritora.
 O personagem ou a antena é um ser de terceira dimensão beirando a quarta, e deste conflito entre o real e o REAL capta nas entrelinhas de Lispector uma saída.
Um Encontro.
 Assim nasce o Texto que é um 
Re-quebrar 
do pensamento lógico, dualista e racional 
predominante nos dias de hoje.
 O cenário é um objeto não identificado, 
na iluminação uma esfera que abriga o personagem em seu percurso, 
uma invocação  aos Círculos, 
geometria simples da qual vibra uma verdadeira existência.
 Em um mundo onde os fatores são externos e as possibilidades superficiais,
este solo, monólogo ou desabafo, 
é um retorno ao Re-ciclar de palavras, sentimentos, atitudes e trajetórias.
 Uma verdadeira Reciclagem Humana...
Fotos Salomé 
"...será ir apenas indo.."
 "Não esquecer que o erro muitas vezes tinha se 
tornado meu caminho."
 "Há três mil anos desvairei-me, 
e o que restaram foram fragmentos fonéticos de mim..."


Agradecimentos eternos ao Teatro Gamboa Nova e sua equipe
http://www.teatrogamboanova.com.br/
e a TVE.